domingo, 28 de fevereiro de 2010

Fim de férias, é o momento do recomeço.

Fevereiro está terminando, assim como as férias. É momento de recomeçar, de dormir menos, de assistir menos televisão. Mas é o momento de aprender, rever pessoas, conhecer gente nova. Fevereiro foi um mês bem complicado para mim, mas com a ajuda de verdadeiros amigos e da família estou com a cabeça erguida e pronto para superar os obstáculos.
A pouco atualizei currículo, limpei a mochila, reorganizei livros e a estante. Tudo praticamente pronto. Espero que tudo inicie bem. A novidade: estou retornando ao curso de Ciências Sociais, da UFSM, depois de dois anos longe.
Agora, no final da noite, faltando menos de uma hora para o final das férias, escuto algumas músicas. Em tempos de “rebolation”, ainda há quem represente a verdadeira música brasileira.
            Uma excelente semana. 

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Cinema em Santa Maria, um parque de diversão.

             
  Me rendi, essa semana,  fui ao cinema assistir ao tão comentado, e não menos recomendado AVATAR. Não me arrependi, realmente o filme é muito bom. Efeitos que eu nunca vi antes, além de ter suspense, humor, amor etc. Também, gera uma reflexão de o que o homem é capaz de fazer para testar e mostrar o seu poder. Assim, como a ganância é capaz de destruir e acabar com habitats. Quando leio que AVATAR já superou Titanic em bilheteria, entendo, pois é, sem dúvida, o melhor filme de ficção científica que já assisti. Também, levou 14 anos para ficar pronto, o resultado teria que ser bom mesmo. Pena que não tive a oportunidade de assistir em 3D, pois essa tecnologia ainda não chegou na cidade da boca do monte.

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 Ir no cinema em Santa Maria pode render um trabalho antropológico, pois o que levam pessoas a assistirem um filme no cinema? Claro que diversão, entretenimento, cultura etc. O problema é quando tudo isso atrapalha o momento de distração da pessoa ao lado. Enquanto assistia AVATAR, me senti extremamente irritado e perturbado, pois de um lado um grupo de quatro pessoas gritavam a cada cena, quando uns não jogavam pipoca nos outros, sendo que, por duas vezes, pipocas voaram na minha cara. Do meu outro lado, um casal quase transava. Não sou moralista, mas não preciso ser cúmplice de uma transa quando não quero. Alô povão, namorar no cinema é bom, mas sugiro menos pegação, menos estalos durante os beijos, e, o pior, não há necessidade de gemer. Há locais mais adequados para esta prática. Já se foi o tempo que o lanterninha era patrimônio obrigatório nas salas de cinema. Sugiro, que pelo menos na cidade cultura, sejam contratados funcionários que tenham a função de manter o mínimo de ordem para que possamos apreciar dignamente a sétima arte. 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Desabafo de um sepeense

            Na terça que passou, fui a São Sepé. Não fui até a cidade de apenas 23 mil habitantes para visitar parentes ou amigos, apenas fui para levar um atestado médico da minha mãe. É impressionante, nada muda naquele lugar, ou melhor, muda sim, entretanto para pior. São Sepé é a segunda cidade do Rio Grande do Sul com maior índice de usuários de crak proporcionalmente. Nisso vejo a falta de políticas públicas eficientes para a juventude. Ainda, é gritante o número de jovens que saem da cidade para buscar estudo e emprego em outra localidade. Também, é uma das cidades do RS com maior número de suicídio entre adolescentes. Por que isso? Como uma cidade pequena pode gerar tanta violência. Repito, falta políticas públicas eficientes para a juventude local. Falta oportunidade de emprego para as pessoas, falta perspectivas e qualidade de vida ao povo sepeense. Falta o poder público local acreditar e dar oportunidades aos jovens que lá moram, fazer com quem lá habita, sinta-se bem. Infelizmente isso não ocorre. O povo já teve chances de mudar, em várias eleições foram apresentadas alternativas, entretanto as eleições sempre ficam polarizadas entre dois partidos “caciques” daquela localidade. Quando apresentávamos uma alternativa coerente e capaz de mudar realmente a cidade, os nossos candidatos do PT eram ridicularizados e alvo de deboches de grande parte da população. Estes preferiam as cestas básicas e os remédios doados no período eleitoral tanto por líderes do PP quanto do PDT.

            Vivi durante 18 anos em São Sepé, hoje vou muito pouco lá. Sinceramente, odeio aquela localidade (cada vez que afirmo isso, a úlcera do meu pai aumenta significamente), isso é pesado? Até é, mas é verdade. Tudo bem que lá há pessoas que eu gosto muito, 60% da minha personalidade foi formada lá, pois 18 anos vividos num local é uma vida. Mas, realmente, odeio. Sempre que piso em solo da cidade do fogo de chão já sinto o odor dos estercos de cavalo que tingem as ruas centrais diariamente. Nada de calçamentos novos, linhas de ônibus municipal praticamente inexistem. E o pior, a violência assustando na medida em que aumenta diariamente. Já acreditei mais em São Sepé, mas quando escuto relatos de pessoas que lá moram me desiludo – pior, ainda, quando tenho relatos de seres assim como eu buscam outras cidades para serem felizes- daí é difícil de acreditar que algo possa mudar. 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Prometi para eu mesmo e, inclusive, postei aqui no blog que pretendia mudar algumas coisas na minha vida no ano de 2010. Acho que as mudanças já começam a ocorrer. O estranho é que em uma semana muitas coisas negativas ocorreram comigo, mas serviu positivamente para perceber que realmente está ao meu lado. Pessoas que eu amava e achava que era recíproco me abandonaram num dos momentos mais complicados. Mas tive a oportunidade de contar com grandes e verdadeiros amigos. Seja por mensagens, seja por ligações, seja por msn ou visitas. O que importa é que realmente se fizeram presente na minha vida, me dando força de alguma maneira.
Assim, o que eu buscava para 2010 começa a surgir, meio que camuflado por um cinza, mas logo algo lindo surgirá por baixo dessa nuvem. Agradeço aos meus verdadeiros amigos, não os citarei aqui, pois eles sabem quem são. 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010



Para quem ainda não leu Bala na Agulha, de Marcelo Rubens Paiva fica a dica. Livro ótimo, pois é uma narrativa ágil, cujo narrador é em primeira pessoa. O espaço da obra mescla entre Rio de Janeiro, Estados Unidos e Peru.

Nessa obra, Marcelo Rubens Paiva mistura um romance policial com uma crítica à sociedade brasileira, como, também, ao governo. Através de um jovem, o autor conduz o leitor ao submundo, à prostituição, ao tráfico. É incrível a descrição das ações, assim como o ambiente em que cada personagem está inserida. Também, encontramos dramas amorosos, familiares e existenciais.

Para quem conhece Marcelo Rubens Paiva apenas pelo romance Feliz Ano Velho, fica a orientação para uma leitura desse outro romance, bem mais ágil, muito mais elaborado. Nessa obra, encontramos um autor bem mais ousado e aprimorado, este que já havia mostrado a bela escrita articulada também em As fêmeas. Bala na Agulha, é um romance que prende, aos que procuram obras pela grossura, também indico, pois é um livro curto, daqueles que pode ser devorado em uma madrugada, no meu caso, foram em duas. 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O sábado que passou

            No sábado que passou, vivi sentimentos maravilhosos. Acho que nunca comemorei tanto vitórias de pessoas diferentes em um mesmo dia. Não foi a vitória do Grêmio, nem a do Guarany Atlântico, muito menos na minha Mocidade Independente de Padre Miguel. Explicarei a seguir o motivo de tanta emoção e sentimento de felicidade.

            Sábado, foi divulgado o listão dos aprovados no vestibular 2010, da UFSM. Nele, estavam os nomes de várias pessoas conhecidas. Entre eles o do meu primo, o Maique, de amigos, como a Alith, de alunos, como a Taely. Tive vários alunos aprovados, isso fez meu ego aumentar um pouquinho, mas, sem dúvida, ver a emoção dos aprovados é algo maravilhoso, pois já passei por isso, portanto entendo a ansiedade dos dias que antecedem a divulgação dos aprovados. Além disso, tivemos 16 aprovados no Práxis, isso é significante, uma vez que só quem vive a realidade do projeto entende as dificuldades estruturais e políticas do coletivo de educação popular, assim como as condições de cada educando. Então, 16 nomes é algo muito significativo.

            Após as comemorações doa aprovados, parti para mais uma festa, essa foi de formatura. Enquanto uns comemoravam a entrada no ensino superior, outros festejavam a saída. Festejamos muito a formatura da Priscila em enfermagem. Foi um marco na vida da Katrefa (grupo de amigos doentes que se conheceram no ano de 2005 e convivem em harmonia, nem sempre, até hoje.) Pois, nos conhecemos enquanto estudávamos em um pré-vestibular, naquela época,  algumas pessoas se encontraram nas salas do master e num momento de ansiedade, aprendizagem e preocupação ocorreu a formação de um grupo de amigos, cuja personalidades eram diferentes, mas os objetivos os mesmos. Hoje, o grupo sofreu alterações, talvez culpa do destino, mas ver a nossa primeira formanda receber o “canudo” foi empolgante. Gritamos, sorrimos, choramos.

            Então, o sábado que passou foi muito importante, foi de extrema felicidade, pois pessoas especiais na minha vida obtiveram conquistas significativas. Espero mais momentos desses, pois, na Katrefa, ainda faltam algumas formaturas e na minha vida docente, espero ver muitos alunos meus conquistarem a sonhada vaga no ensino superior.  

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"Capitães da Areia", de Jorge Amado

           Já fazem algumas semanas que li Capitães da Areia, do mestre baiano Jorge Amado. Das obras que li desse autor, sem dúvida, essa é a melhor. Sempre escutei algumas pessoas, seres alienados, dizerem que Jorge Amado só escreveu sobre as putas da Bahia, What??? Se todos os escritores escrevessem sobre “as putas da Bahia”, teríamos uma outra ABL, muito melhor.
            Jorge Amado, em Capitães da Areia, descreve e narra com extrema maestria a vida de crianças órfãs da Bahia. É uma descrição incrível, fruto de muito talento e trabalho, pois o escritor baiano foi morar com essas crianças abandonadas durante um tempo, por isso a riqueza dos detalhes. É uma obra antiga, cuja primeira publicação foi em 1937, infelizmente o tema continua atual.
            Através do enredo que conta a história de Pedro Bala, Sem Pernas, Professor, entre outros, Jorge Amado cria uma narração de uma Bahia contraditória, de uma cidade bela, entretanto com problemas fruto de sua colonização. Há uma crítica explícita à igreja católica, assim como aos governantes e policiais da época, pois recriminam e condenam pobres, enquanto ricos desfrutam dos paraísos. As crianças da trama não têm escolhas, quando não há oportunidades, resta-lhes o crime como único meio de sobrevivência. Os sentimentos das personagens se confundem com amor, afeto, sexo e carinho. Pois uma mesma mulher pode servir de mãe como, também, de amante, é o universo de quem não é amado.
            Cada menino morador do trapiche tem uma história triste, entretanto a vontade de fazerem justiça e igualdade os move e molda a personalidade de cada abandonado. Então, fica a dica, uma bela obra, há um incrível engajamento. É encontrada em qualquer biblioteca, sebo. Aos que gostam de ebooks, também é possível encontrar aqui. Quem preferir comprar, sugiro a nova edição publicada pela Companhia das Letras, pois já está atualizada de acordo com a nova reforma ortográfica.  

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Prometo para amanhã um texto sobre a obra Capitães da Areia, de Jorge Amado. Enquanto isso, posto esse vídeo que considero lindo, música mais ainda.