segunda-feira, 22 de março de 2010

            Um amigo sempre diz que “felicidade não existe, o que há são momentos felizes”. Por muito tempo, não acreditei e discordei dessa afirmação. Porém, minha opinião mudou. É muito engraçado, pois muitas vezes, não percebemos que estamos numa fase bacana da vida, não percebemos que tudo parece dar certo. Isso só vem a nossa mente quando obstáculos surgem, quando sua vida começa a ser devassada e problemas vêm como uma enxurrada.
            Por isso, começo a notar a felicidade nos meus dias, quando acordo com saúde, tenho o que necessito, a oportunidade de estudar e aprender, além disso surge a oportunidade de trabalhar num lugar bom, não dá pra reclamar. Assim, acho que estou num momento feliz.  Muitas vezes nos perguntamos onde está a felicidade, aprendi que está nos momentos em que não estamos aborrecidos e sem graves problemas.
            Ela, a felicidade, existe. Temos que procurá-la e tentar manter os bons momentos. 

domingo, 14 de março de 2010

Semana terminando, uma confusão geral tomou conta da minha vida. Coisas boas estão acontecendo. Muito trabalho, muito estudo, muitas coisas boas estão ocupando o meu tempo. Bom restinho de domingo, deixo aqui uma frase da poeta Cora Coralina.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Bravo, um pouco, tendenciosa.

            No final de semana passado, li uma matéria, da Revista Bravo sobre a relação e amizade entre o escritor colombiano Gabriel Garcia Márques e o ex-presidente cubano Fidel Castro. No começo do texto, achei tudo lindo, aquelas reportagens que faz você reler várias vezes, inclusive tuitei algo sobre isso. Porém, ao ler mais parágrafos, percebi um certo tom de parcialidade no texto feito por André Lahóz. Pois, o autor da reportagem chama o ex-presidente cubano de ditador inúmeras vezes, desde o título que é O escritor e o Ditador.
            Depois disso, a matéria apresenta um tom de crítica ao regime cubano, com a ideia de que mesmo comandando um regime ditatorial o escritor de Cem Anos de Solidão acreditava e concordava com Fidel Castro. Seguindo a mesma lógica, o texto seguinte, na mesma revista, produzido por Sérgio Rodrigues também faz várias críticas a relação entre um escritor renomado e um ditador.
            Entretanto, em nenhum momento os editores da revista tentaram explicar os motivos pelo qual Gabu, como Garcia Márques era conhecido, era amigo de Fidel Castro. Na reportagem, não há referências de possíveis respostas do autor colombiano.
            Reproduzo um trecho do texto que afirma que o vencedor do Nobel da literatura compactua com regimes que não aceitam a opinião pública, além de gerar mortes.

Admirador de primeira hora de Fidel Castro e seu amigo desde meados dos anos 1970, o escritor ilustre veio a se tornar também seu maior avalista internacional - disparado - à medida que o efeito a longo prazo do bloqueio comercial a Cuba e os novos ares políticos do mundo foram convertendo o ex-líder revolucionário romântico num dinossauro político. Essa amizade custou caro ao conceito de Gabo em certos círculos. Sem esconder sua condição de fã, Gerald Martin encara o tema, mas mesmo assim levou cascudos da maioria dos críticos por se abster de julgar seu personagem, jamais se declarando contra um apoio polêmico que não foi retirado nem quando, no episódio dos fuzilamentos de presos políticos cubanos em 1989 - entre eles um amigo de Gabo, o general Arnaldo Ochoa - o mundo intelectual lhe desabou em cima. O ex-amigo e depois inimigo do peito Mario Vargas Llosa deu-lhe um cruel apelido, que pegou: "Lacaio de Fidel". Natural: será sempre alto - e justo - o preço pago por um artista de peso ao endossar um regime ditatorial que passa sentenças de morte por crimes de opinião. Isso não quer dizer que não haja um tipo de coerência na posição de Gabo - e isso o livro de Martin expõe com clareza, ainda que com economia de adjetivos. Os fatos não são menos eloquentes por serem "autorizados".
            Será que é tão complicado conseguir fontes para saber os motivos reais do apoio de Gabriel Garcia Márques a Fidel Castro? Em algum momento o escritor pôde deixar clara a sua opinião? Com o renome, qualidade e inteligência, o colombiano certamente tem motivos para acreditar num regime, não apenas por amizade à família Castro.
            É ruim apresentar uma opinião sem justificar, sem deixar claro ao leitor os reais motivos que levam uma pessoa a tomar determinadas atitudes. A revista Bravo é uma das melhores existentes, hoje, no Brasil. Pois apresenta temas como literatura, cinema, artes plásticas. Entretanto, acho que a matéria sobre a ligação de Gabriel Garcia Márques com Fidel Castro tem um pouco de parcialidade e, não menos, tendenciosa. 

quarta-feira, 3 de março de 2010

A cor púrpura

Sábado, assisti “A cor púrpura”, de Steven Spilberg, baseado no romance da escritora Alice Walker. Filme de 1985, cujo conteúdo não tem nada de ficção científica. É um enredo pesado, trama violenta, mas que retrata um problema real enfrentado por milhares de mulheres das mais diversas regiões do mundo e nas mais diversificas culturas: a violência física, doméstica e sexual.
No filme, a personagem Celie, após a morte de sua mãe, por seu pai a cumprir todas as “obrigações” que eram da mãe. Tanto domésticas quanto sexuais. Assim, inicia a saga da menina mulher moradora de uma pequena cidade dos Estados Unidos. Depois, Celie é entregue a um homem que deseja ser seu marido, porém segue sendo mal tratada e estuprada diariamente. Quando sua irmã  Nettie a encontra a ensina a ler e a escrever, assim é o meio de se comunicarem quando o marido-dono de Celie as separam.
Tudo muda quando a cantora Sugh e Sofia surgem na vida de Celie tudo se transforma, ela realmente conhece o seu valor e descobre o sabor do sorriso. 

Segue umas das fotografias mais belas que já vi no cinema.