segunda-feira, 28 de julho de 2008

Café, música, livro, difícil saber qual. Escolho Vinicius de Moraes. Lindo.
Poemas, cigarro, mais música. Sono, mas não vale a pena dormir. Tenho que ler mais, preciso ler mais. Mas quero dormir. Não dá. Esse amaranhado de letras me persegue. Elas me querem, eu quero elas. Uma mistura de tesão e loucura. Talvez mais tesão que loucura, não sei, sei que quero essas palavras. Elas me querem.
Pego um cigarro, dou uma pausa na leitura. Retorno, mais palavras, mais poemas, mais vida, mais arte. Entre uma tragada e outra,mais letras.
Não sei se quero parar, se desejo dormir. É uma espécie e masoquismo. Meus olhos doem, porém que quero mais. Cada vez mais.Já é dia, o sol está raiando e eu aqui tentando me livrar. Mas quero mais essa tortura, esse prazer até sentir o máximo do orgasmo

Um comentário:

Júlia História disse...

Nunca vale a pena dormir quando temos em nós uma chama que salpica o desejo. Sim, salpica. O sono é para aqueles que muito anseiam o amanhã, desejando-o tanto que os olhos necessitam descansar para enxergar. Não digamos ''enquanto o sono não vem'', digamos enquanto eu ainda ler essa poesia, fumar esse cigarro e bebericar esse café. Enquanto isso tudo, eu vou vivendo, eu vou lendo, vou poetisando, vou desejando. Quando o amanhã se tornar mais apetitoso, eu posso dormir. Somente ai!