segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Acabei de lembrar que hoje fazem 7 anos que LULA foi eleito presidente do Brasil. Isso merece comentários e um texto. Sem  condições para isso hoje, em breve farei um texto. Tentarei resgatar o dia em que chorei abraçado em uma bandeira do PT.
Já deveria estar dormindo, pois amanhã acordarei cedo. Mas nunca consigo dormir antes das 3hs da manhã. Depois passo o dia reclamando de sono e procurando doentemente café para enganar a vontade louca de dormir. Mas preciso colocar algumas palavrinhas do que fiz hoje.


Entre os trabalhos e leituras, fui falar com algumas meninas estudantes de serviço social. Elas conseguiram meu contato, não sei como para eu falar sobre movimento estudantil. Fui eu lá. Chega ser contraditório um mero estudante-militante querendo se despedir desse tipo de militância ir falar para outras estudantes. Por que eu deveria falar sobre movimento estudantil para estudantes?! Me senti mal, uma vez que a militância no ME deveria ser algo inerente a qualquer educando. Entretanto, não é.

As perguntas foram variadas, de como entrei no movimento? O que fazemos? Como nos mobilizamos? Como surgiu o me, esse disse um pouco da história, porém não me sinto tão competente assim para contar a história do me.

Vim para casa pensando de como a formação dessas estudantes deve ser crua, como sairão da universidade? Acredito que levarão apenas o aprendizado dos livros e das aulas teóricas de suas disciplinas. Considero esse conhecimento pobre perto do que uma faculdade pode proporcionar a qualquer estudante. Sairão sem ver o poder de mobilização, sairão sem saber respeitar as opiniões contrárias (isso eu aprendi pouco). Sem lutar por melhorias.

Retornei triste, mas se a idéia de que tentei passar do Movimento Estudantil ser algo positivo e necessário ficar nas mentes destas estudantes ficarei muito feliz, já que tentei sutilmente plantar a sementinha.

domingo, 25 de outubro de 2009


Estou acompanhando, isso implica apoiando, mais uma eleição para o DCE da UFSM. Lembro que na primeira eleição que participei haviam duas chapas. Uma da direita, outra da esquerda. Claro que optei pela segunda. Desde lá, outras gestões se passaram, em movimento, em frete, novo rumo e VIRAÇÃO. A última, foi a retomada da esquerda no comando da entidade. Foi uma das disputas mais lindas que presenciei e ajudei a construir. A vitória da chapa Viração ocorreu porque os estudantes viram a necessidade de um novo modelo de gestão, era preciso dialogar, foi assim que surgiu a composição da VIRAÇÃO. Lutamos muito contra a esquerda delirante e a direita furiosa. Dialogamos com todos os segmentos da universidade, ouvimos propostas e da união surgiu a gestão modelo. Na última gestão, foi retomada a mobilização, foi construída a jornada de lutas, apoiamos a parada livre, foi realizado o maior e melhor do festival “nossas expressões”, lutamos contra o aumento da passagem de ônibus, garantimos a construção de um novo RU.



Tudo isso veio em um período em que a gestão anterior tinha estagnado o ME. Hoje, temos duas opções. Voltar ao passado ou caminhar em frete. Seguir as lutas ou voltar os “acordões” com a reitoria e os empresários de SM. É por isso que num momento que estou de saída do ME, me obrigo a retornar ao campus da UFSM e apoiar a chapa 1, a chapa AVANTE. É a melhor opção. É a composição que representa a unidade em torno dos interesses dos estudantes. Sem os velhos “acordões”, sem as traições aos universitários. É a chapa que representa o diálogo com os estudantes, mas que dialoga, também, com a comunidade santa-mariense. A chapa 2 representa a esquerda lunática, sem proposição, apenas na base da crítica. Não que criticar não seja importante, entretanto apresentas soluções coerentes é fundamental. Já a chapa 3, é o pior que pode ter como representatividade dos estudantes. É a máfia estudantil, a traidora, a mesma em que apoiadores são ligados aos escândalos DETRAN/FATEC.
Por isso, me somo a essa luta. Convido o conjunto de estudantes da Universidade Federal de Santa Maria a irem as urnas e dizerem sim à chapa 1. Para a luta continuar, para representatividade se fazer presente, para continuar o que de bom construímos, e com diálogo, democracia e união avançarmos ainda mais nas conquistas. Para um movimento estudantil que construa uma nova cultura política, vote chapa 1. Dia 28, é AVANTE, a chapa com a cara do estudante.







Nem sei se esse blog ainda existe. Criou poeira mesmo. Mais uma vez, tentarei faze-lo existir. Agora, pretendo postar comentários sobre o meu trabalho, meu dia-a-dia, minhas elas, militância e devaneios em geral.


Nem sei quantas vezes recomecei esse blog, já pensei em desistir, de criar outro. Porém penso: onde colocarei meus devaneios que não consigo expor cotidianamente? Daí penso e prefiro continuar com esse espaço. Nem que seja para ninguém ler, nem que seja para ser atualizado uma vez por ano, é uma espécie de megafone. Local onde esbravejo e grito sem ninguém ouvir.


Devia um comentário sobre Leite Derramado, de Chico Buarque. Nem sei se comentarei, pois quem sou eu, um pobre mortal, para comentar algo escrito pelo gênio e mestre da cultura brasileira Chico Buarque??? Ele é uma das paixões da minha vida. Ele que me remete lirismo total e em momentos de estresse me acalma com suas obras de arte musicadas. Então, li esse romance do escritor.


Leite Derramado é uma obra repleta de lirismo, um romance muito parecido com Memórias de minhas putas tristes, de Gabriel Garcia Márquez. É uma narrativa que remete a história de um senhor no final de sua vida. Também, mostra claramente a decadência de setores da aristrocacia burguesa carioca. Os problemas familiares e as aparências norteiam os escritos de Chico Buarque. Sutil, mas não menos crítico, o autor mostra os problemas de uma sociedade falida, em que as relações familiares são o recheio dos conflitos.


Fica a dica da obra. Mais tarde comentarei algo sobre as eleições para o DCE da UFSM.