sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A realidade é dura

Depois de quatro dias fora, fora da rotina, sem atender celular, sem acessar internet, sem ler jornais, nem olhar o noticiário. Foram quatro dias apenas dormindo, escutando música, lendo, ouvindo o canto dos pássaros, o mugido das vacas e o latir dos cães. Quando foi proporcionada essa viagem, fiquei um pouco se vontade, afinas sairia da minha rotina, viveria coisas diferentes do que eu estou acostumado. Depois de um dia sem horários, sem preocupações, sem acessar o email percebi que eu estava mergulhando em um mar de sensações novas e maravilhosas. Como é complicado a tal rotina. Percebi como as pessoas urbanas, pelo menos eu, são escravas. Escravas do relógio, escravas do computador, escravas de si mesmas.
Então, foram quatro dias de descanso, quis começar o ano em uma espécie de retiro. E funcionou. Me retirei de Santa Maria e do contato com o mundo. Hoje estou de volta. Já acessei email, já li jornais, nas principais páginas trazem as comemorações da virada de ano, as esperanças de um ano novo melhor. Também, li que Santa Maria está de prefeito novo. Com isso, lembrei que eu estava de volta à realidade, que a minha cidade não é mais a mesma. Assim, desejei voltar ao meu retiro, mas já é tarde demais. Então, cheguei a pensar que eu morri e, agora, estou no inferno, não, o inferno seria bem melhor que viver em uma cidade governada por Cezar Schirmer. Lá, pelo menos, eu teria bons companheiros e companheiras para chorar e beber. É a realidade é dura.

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