quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Jorge Amado


Ontem terminei de ler Mar Morto, de Jorge Amado. Não sou muito acostumado a ler as obras do escritor baiano. Já tinha lido Terras do Sem Fim, mas a razão da leitura tinha sido a indicação de leitura obrigatória para o vestibular, embora tivesse lido quase que obrigatoriamente, tinha sido uma leitura muito interessante.
Sempre tive preconceitos quanto ao mestre Jorge Amado (desde ontem o chamo de mestre), pois escuta as pessoas, inclusive professores, dizerem que o baiano só falava, em seu livros das putas da Bahia. Hoje entendo que além de uma ignorância enorme em simplificar a obra deste autor, as pessoas que dizem isso transpiram preconceitos e insensibilidade. Pois ao ler Mar Morto pude perceber a grandeza e a riqueza deste romance. Pois, Jorge Amado, define a vida, os costumes e a cultura do pescador baiano com um maestria incrível. A obra vai muito além do romance entre Guma e Lívia, esta obra nos permite identificar um pouco sobre o povo brasileiro, sobre suas raízes e cultura. Na obra, é possível vermos o mar com os olhos diferentes, pois este é mostrado do ângulo do trabalhador, dos olhos de que precisa do mar para viver.
Ainda, nesta obra, é possível ver que os pescadores e cargueiros, não são meros escravos do mar, também tem suas religiosidades e suas crenças, assim transmitem os seus costumes aos filhos que chegam como um presente, seguindo a ordem do cais, quem nasce no cais, viverá sempre.
Então, recomendo a leitura de Mar Morto, para quem quer conhecer os costumes e um pouco do povo brasileiro através do tom poético de Jorge Amado.

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