domingo, 16 de maio de 2010

Na vinda de São Sepé

Ontem, enquanto voltava de São Sepé, uma situação me chamou a atenção. Uma menina, aproximadamente uns 10 anos, embarcou no ônibus já na rodovia, então o cobrador veio pegar o dinheiro e entregar o bilhete à criança. Como a menina estava no banco ao meu lado, foi impossível não escutar o diálogo entre ela o cobrador.

Estranhou-me o valor cobrado pela passagem, já que o meu bilhete custou R$ 8,00 e o da menina R$9:40 sendo que iríamos para a mesma cidade. Tive que perguntar o movido da diferença de valores. O cobrador me informou que a passagem dela, a menina, era com seguro, a minha sem. Daí tive que me intrometer mais ainda, disse a ele que não o escutei  questionar se ela queria com segurou ou não. Ele me falou: “como ela não disse que gostaria de não ter o seguro, entendi que ela optou pelo seguro”. Nesse momento, quase surtei, pois uma criança não teria a noção de pedir ou não a passagem com seguro, ele se aproveitou da ingenuidade da garota para lucrar um pouco mais. Claro que não fiquei quieto, o chamei de explorador, sem caráter. Nisso, a revolta já havia tomado conta dos demais passageiros, todos exigindo a devolução do troco. Até que revoltado, ele devolveu o valor referente à diferença entre a passagem com e sem seguro.

Assim é o cotidiano, uns exploram os outros. Pessoas se aproveitam da ingenuidade, ignorância de alguns para tirar vantagem. Acredito que honestidade e integridade são valores que essenciais para vivermos da melhor forma, porém não é o que vemos. 

2 comentários:

Athos Ronaldo Miralha da Cunha disse...

Só uma pergunta: Como que uma criança de 10 anos estava viajando sozinha?
Athos

Devaneios e Abstrações disse...

Realmente não sei, mas era isso mesmo.