quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Refém da tecnologia

            Hoje, facilmente nos comunicamos, são muitos os meios que fazem com que nos contatamos de qualquer lugar do mundo. Eu uso email, msn, googletalk, orkut, twitter, celular... Confesso que às vezes me irrito com tudo isso. Vejo que, a cada dia, minha privacidade diminui, sinto-me como refém destas tecnologias – ditas meio de comunicação – porém, parece impossível me desfazer, ao contrário, todos os anos crio um perfil em algum destes currais eletrônicos.  É o preço da vida moderna. Sinto vontade de terminar com tudo, desligar o celular, nunca mais abrir minha caixa de email (esta é a pior, pois pertenço a várias listas, então recebo mais de 100 mensagens por dia), porém penso como vou ficar sabendo se algum amigo está precisando de algo? Como me contatarão para algum serviço (terrível ser freela)? Como terei notícias de amigos distantes? Pois, até para marcar uma cerveja no boteco mais próximo me chamam por estes meios.
           
            Não suporto tanto isso, mas me obrigo a olhar esses mecanismos diariamente, se não os faço, fico com a sensação de que estou perdendo algo. Não fiquei sabendo de algo importante. Até, porque muitas pessoas me exigem que faça isso, já que email é a forma mais eficiente – rápida – barata (hã?) do século XXI.

            Ao mesmo tempo em que reclamo e uso esses sórdidos meios de comunicação, penso como minha mãe fazia para ter notícias da família a mais de 500 km de distância há 35 anos atrás? Nunca obtive essa resposta de maneira concreta, acho que nem ela, a minha mãe, sabe responder.  É o capitalismo ditando regras, são as novidades da nova era que me fazem perder, no mínimo, uma hora diária checando mensagens que surgem na tela do computador.

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